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Marqueteiro diz que eleições na Bahia ainda não estão definidas: “Um fato pode mudar o rumo do resultado”

Marqueteiro diz que eleições na Bahia ainda não estão definidas: “Um fato pode mudar o rumo do resultado”

Para o publicitário Robson Wagner, o rumo das eleições podem mudar entre os dois últimos dias antes do pleito.

Embora cada candidato a governador da Bahia puxe a sardinha para o seu lado, o marqueteiro Robson Wagner analisou que as eleições no estado ainda seguem indefinidas. Para ele, até 2 de outubro, pouco menos de 41 dias, um fato pode mudar o rumo do resultado. “Existe uma tendência, mas essa coisa de tendência muda”, disse durante entrevista do o editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, no programa Nova Manhã da rádio Nova Brasil FM, desta segunda-feira (22).

“A gente costuma dizer que eleição, requeijão e mineração só depois da apuração. Então, tem duas formas de perder uma eleição, a primeira é dizer que já ganhou e outra é falar que já perdeu. Então, faltam 40 e poucos dias para as eleições e daqui para lá tem muita coisa ainda para acontecer, fatos vão surgir e não tem eleição definida”, falou.

Segundo o publicitário, mesmo com o levantamento de opinião pública realizado pelos atuais institutos de pesquisa, muito comum nos períodos eleitorais, é arriscado levar a risco os resultados, principalmente por um candidato, uma vez que os dados apresentam margem de erro com indecisos que podem mudar o rumo do resultado entre uma sexta-feira e um domingo de eleição.

“Os institutos de pesquisa vêm sofrendo muito, primeiro que se faz pesquisa no Brasil da mesma forma que no início do século 20, aquela coisa binária de sim ou não, A ou B, gosta ou não gosta, aprova ou não aprova e hoje a gente tem que pensar em análise preditiva e comportamento. Precisamos de mais ferramentas para medir o comportamento do dia a dia e as pesquisas sofrem influência, como um dia de chuva que pode alterar o resultado eleitoral e a opinião muda num dia de sol”, comentou o marqueteiro Robson Wagner.

“Aí, tem gente que pensa que o instituto errou, mas se na sexta-feira a pesquisa tinha 10 pontos de vantagem, 15 pontos de indecisos, quando chega no domingo [de eleição] o resultado deu outro e o candidato ganha com 2 pontos na frente, e é aí que as pessoas pensam que o instituto errou, mas não”, explicou o publicitário acrescentando que os que não sabem em quem votar podem mudar o resultado de última hora.

Na Bahia, cada candidato à governadoria do estado canta suas vantagens como estratégia para atrair cada vez mais o número de eleitores. Jerônimo Rodrigues (PT) aposta cegamente no nome do ex-presidente Lula. João Roma (PL), servo fiel, aposta no apadrinhamento de Bolsonaro e seus feitos enquanto presidente do Brasil. Já ACM Neto (União Brasil), bate o pé firme em não declarar apoio na esfera federal e põe todos os créditos de uma possível vitória na conta de sua gestão à frente da Prefeitura de Salvador.

Na avaliação de Wagner, todos os três têm agido conforme suas estratégias de campanha e não tem nem um certo e outro errado, mas ainda falta algo mais para os candidatos entregarem para os eleitores. “Os três têm razão. Jerônimo tem que apostar na nacionalização com Lula. Acho que é um grande trunfo dele com os dos dois governos passados. ACM Neto fez a opção dele, ele que trabalha de forma muito fundamentada, assim como os outros, mas ele viu que isso não muda muito para a intenção de voto dele e Roma é declaradamente um defensor do presidente Bolsonaro e ele tem que fazer o papel dele”, comentou.

“Mas eu acho que só isso não é o bastante. A população está ávida por alguém que apresente uma proposta de verdade. Eu não vi ainda o programa de governo e muitos deles estão esperando o programa de televisão, mas dois minutos é o bastante para apresentar o programa de governo? Eles tiveram de janeiro até agora para apresentar o programa nas redes sociais, mas porque não fizeram? Ficou naquela discussão de que sou melhor do que você”, analisou.

“E eu tenho sentido a eleição muito fria, talvez por conta dos eleitores, tirando a militância de cada lado, quem vai decidir a eleição é o eleitor que está calado, esperando essa proposta que eu acho que talvez não dê tempo”, completou.

*Confira a entrevista na íntegra:

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