Exportação de cachaça brasileira cresceu quase 30% em 2021
Ao todo, a exportação de cachaça brasileira, em volume, cresceu 29,5% em 2021 em comparação com 2020. Em valores, o crescimento foi de 38,4%. O Brasil exporta cachaça para 67 países, sendo os maiores compradores, em volume, o Paraguai e a Alemanha. Além da Alemanha, a Europa tem outros nove países entre os principais parceiros econômicos na compra de cachaça. O mercado europeu responde por US$ mais de 6,2 milhões em compras.
“O Anuário da Cachaça retrata um setor em fase de retomada, ao conciliarmos os dados do levantamento com os números promissores que o Ibrac tem divulgado de crescimento da cachaça no mercado interno e externo, principalmente dos resultados parciais de exportação de 2022”, destaca Carlos Lima, diretor-executivo do Ibrac, que representa do setor.
Cachaçarias
Ano passado, o País registrou também aumento no número de municípios com pelo menos uma cachaçaria, passando de 586 em 2020 para 611 em 2021. A região Sudeste domina a fabricação da bebida, com 620 cachaçarias responsáveis por 66% da produção nacional.
O Estado de Minas Gerais concentra o maior número de estabelecimentos registrados, com 353, e com o maior número de municípios produtores, 207. São Paulo é o segundo maior estado produtor, com 143 cacharias.
Já a quantidade de cachaçarias teve uma leve queda, passando de 955 em 2020 para 936 em 2021 após o fechamento de 117 estabelecimentos produtores e a abertura de 98 novos.
Apesar do destaque produtivo no Sudeste, a região Sul do país foi a única com crescimento no número de cachaçarias. Foram 20 novas fábricas, aumento de 16,9% em relação ao ano anterior, com a abertura de nove novas cachaçarias no Rio Grande do Sul, nove em Santa Catarina e duas no Paraná. O Sul também foi a única região em que todos os estados apresentaram crescimento no número de estabelecimentos registrados.
Produtos
A Anuário também aponta a marca de 4.969 registros de cachaças, sendo que desses, 810 continham mais de uma marca comercial no mesmo número de registro. “Isso ocorre porque quando se tem produto idêntico dentro do mesmo estabelecimento, deverá ser utilizado o mesmo registro de produto para todas as diferentes marcas comerciais utilizadas. Assim, se considerarmos as diferentes marcas comerciais comercializadas sob o mesmo número de registro, chega-se a 6.795 produtos”, explica Glauco Bertoldo, diretor do departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Mapa.
A média brasileira é de 5,2 registros de produtos por estabelecimento, diz a Ibrac.