Limite em transferencias Via PIX
O BC (Banco Central) publicou nessa segunda-feira (22) novas regras para transações via PIX que limitam os valores transferidos por celulares ou computadores não cadastrados nas instituições financeiras. Ou seja, se o aparelho nunca realizou uma transação por esse meio, as transferências serão limitadas a R$ 200 por operação e R$ 1 mil somando todas as transações no dia.
Os limites valem até que o usuário confirme, junto ao banco, que aquele novo aparelho pode ser liberado para transações maiores. As regras valem a partir de 1º de novembro e só para aparelhos novos. Quem já usa o PIX em um celular ou computador atualmente não terá impacto, a menos que troque de aparelho ou queira usar uma outra chave.
“Essa medida minimiza a probabilidade de fraudadores usarem dispositivos diferentes daqueles utilizados pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar transações via PIX”, explicou o BC em nota.
Com as novas regras, mesmo com login e senha, o fraudador não conseguirá realizar transferências maiores que R$ 1 mil por dia a partir de celulares ou computadores não cadastrados.
As normas também determinam algumas medidas de segurança para os bancos, que deverão gerenciar riscos de fraude, identificando transações via PIX atípicas ou diferentes do perfil do cliente; disponibilizar em seus sites informações sobre como evitar fraudes; e verificar, pelo menos uma vez a cada seis meses, se os seus clientes têm marcação de fraude junto ao BC.
PIX automático
O Bc adiou a data de lançamento do “PIX Automático” para 16 de junho de 2025. A previsão inicial era outubro deste ano.
Essa modalidade de PIX poderá ser usada em cobranças recorrentes, com:
* contas de água e luz
* escolas e faculdades
* academias, condomínios
* parcelamento de empréstimos
A ideia é permitir que o cliente agende previamente pagamentos que ele já sabe que precisará fazer a empresas.
Hoje, isso pode ser feito no débito automático – mas as empresas precisam fechar parceria com cada banco para que o serviço esteja disponível.
O Banco Central avalia que o PIX Automático pode alcançar mais pessoas, porque não vai exigir esse acordo entre o banco e a empresa prestadora do serviço.
O cliente vai autorizar o débito recorrente, de forma automática, por meio do seu celular ou computador. Não haverá a necessidade de confirmação com senha a cada débito, e nem cobrança de tarifa das pessoas físicas.
O BC manteve, para 28 de outubro deste ano, o lançamento de outra modalidade: o PIX Agendado Recorrente.
Segundo o BC, essa modalidade será similar a uma transferência e válida para pagamento entre pessoas físicas – diferente do Pix Automático, que só pode ser feito para pessoas jurídicas, com CNPJs ativos.
Vai valer, por exemplo, para pagamentos de aluguel (entre pessoas físicas) e serviços como personal trainer, diarista e terapeuta.