Epidemia de diarreia em Florianópolis ultrapassa mais de 1 mil e 200 casos
Na noite de sexta (6), a secretaria confirmou que a cidade passa por uma epidemia neste início de verão. Os sintomas incluem também dores abdominais e vômitos.
Do total de 1.251 casos, 914 deles foram identificados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, que fica em Canasvieiras, no Norte da Ilha de Santa Catarina. Na UPA Sul, foram 337 casos. A unidade fica no Campeche, no Sul da Ilha.
A epidemia atinge moradores e turistas. As causas são investigadas. Uma das hipóteses em apuração é se o caso está relacionado aos locais impróprios para banho em algumas praias, especialmente no Norte da Ilha.
O relatório do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) apontou que praias famosas como Canasvieiras e Ingleses estão com a maioria dos pontos impróprios para banho. A atualização é de segunda-feira (9).
Monitoramento estadual
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica estadual (Dive) monitora os casos nos municípios. Na sexta, houve reunião junto às gerências de Saúde de Florianópolis e Itajaí, no Litoral Norte.
Nesse encontro, ficou decidido que serão feitas coletas de pacientes, que serão enviadas ao Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen) para que seja possível identificar o agente causador da epidemia. Serão de três a cinco amostras por semana em cada município.
A Secretaria de Estado da Saúde afirmou que a diarreia não é uma doença de notificação compulsória, ou seja, as unidades não são obrigadas a notificar todos os casos.
O que causa a diarreia?
De acordo com a Dive, as doenças diarreicas agudas podem ser causadas por vírus, bactérias e fungos. Os mais comuns são o rotavírus, o norovírus e a bactéria Escherichia coli.
Alguns fatores que contribuem para a pessoa ficar doente são: ingestão de água, gelo ou de alimentos contaminados, de procedência desconhecida; consumo de carnes, pescados e/ou marisco crus ou malcozidos; alimentos sem conservação necessária; banhos em águas de praias impróprias/poluídas; contato direto com uma pessoa doente; e falta de higiene, como a lavagem frequente das mãos.
De forma geral, os casos são leves e podem durar até 14 dias. No entanto, em crianças e idosos pode ocorrer uma desidratação grave.
Por isso, é importante ficar atento aos sintomas e, caso não ocorra melhora do paciente ou ele apresente complicações no quadro, o atendimento médico deve ser procurado imediatamente. As informações são do portal de notícias G1.