Em pronunciamento, ministro da Saúde pede que os pais vacinem as crianças contra a poliomielite
Neste ano, a campanha de vacinação contra a doença imunizou menos de 70% do público-alvo, composto por crianças de 0 a 5 anos. A meta é vacinar 95% das crianças nessa faixa etária em todo o País.
“Faço um apelo aos pais, avós e responsáveis. Vacinem suas crianças contra a poliomielite. Não podemos negar esse direito ao futuro do nosso Brasil. Não podemos aceitar que ninguém, especialmente as nossas crianças, adoeçam e morram de doenças para as quais existe vacina há tanto tempo”, disse Queiroga.
A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, e que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes e secreções eliminadas pela boca de pacientes. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
“Há 32 anos, a região das Américas é considerada livre da poliomielite, mas, infelizmente, as coberturas vacinais estão caindo no mundo, assim como no nosso Brasil”, alertou Queiroga. Segundo ele, a baixa taxa de vacinação contra a doença foi agravada pela pandemia de Covid-19.
“O Ministério da Saúde está empenhado para manter o Brasil livre da poliomielite”, destacou. Queiroga lembrou ainda que, na semana passada, o governo lançou um plano de combate à poliomielite com o objetivo de organizar o trabalho da União, dos Estados e dos municípios. Entre as ações prioritárias, está o fortalecimento da vigilância epidemiológica e da vacinação.
“As vacinas continuam disponíveis nos postos de vacinação. É possível, sim, atingir a meta. Para tanto, é necessário o engajamento dos gestores de saúde e da sociedade civil. Estados como a Paraíba e o Amapá, por exemplo, já vacinaram mais de 90% do público-alvo”, afirmou o ministro.