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Bolsa cai e dólar sobe após encontro de Fernando Haddad com banqueiros

Bolsa cai e dólar sobe após encontro de Fernando Haddad com banqueiros
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fechou em forte queda, com o mercado reagindo mal ao discurso de Fernando Haddad em evento com banqueiros nessa sexta-feira (25). O ex-prefeito da capital paulista é cotado para assumir o Ministério da Fazenda no próximo ano. O Ibovespa recuou 2,55%, aos 108.977 pontos.

Na quinta (24), dia de estreia do Brasil na Copa do Catar, o Ibovespa subiu 2,75%, aos 111.831 pontos. Com o resultado mais recente o índice acumula queda de 6,08% no mês. No ano, entretanto, tem alta de 3,96%.

O dólar também sentiu a reação do mercado nessa sexta e voltou a superar os R$ 5,40. A moeda norte-americana subiu 1,89%, cotada a R$ 5,4103. Com o resultado, acumula alta de 4,74% frente ao real no mês. No ano, tem queda de 2,95%.

Mercados

O mercado financeiro reagiu mal à fala do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, cotado para o Ministério da Fazenda do governo eleito, em evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nessa sexta.

Os investidores consideram que faltaram “sinais claros de controle de gastos”, segundo fontes da área financeira. “O mercado está louco para se animar com Lula, mas se recusam a dar sinais claros de que vão controlar o crescimento da dívida no final do governo”, disse uma fonte com conhecimento de contas públicas.

Também no evento, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que o mercado já espera uma nova alta na Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, como consequência do aumento das incertezas trazidas pelos gastos públicos.

Juros maiores beneficiam a renda fixa em detrimento dos ativos de risco, como o mercado de ações, o que ajuda a explicar a queda do Ibovespa no pregão.

No cenário internacional, a atenção ainda está voltada à ata da reunião de 1 e 2 de novembro do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA). O documento da reunião, divulgado na quarta (23), revelou que as autoridades do banco central americano veem redução do ritmo das altas de juros depois de quatro subidas consecutivas de 0,75 ponto percentual.

De acordo com Claudia Rodrigues, economista do C6 Bank, a ata reforça as apostas de que o Fed aplicará um aumento de juros de 0,50 ponto percentual na próxima reunião de dezembro e que os juros no fim do ciclo devem girar em torno de 5% ao ano. “Acreditamos que o Fed deve manter os juros elevados por período prolongado para trazer a inflação para a meta de 2% ao ano”, afirma.