Lula faz campanha em Minas e diz que trabalha para reduzir a abstenção no segundo turno
O petista falou sobre a abstenção de votos e incentivou os eleitores a irem votar no próximo domingo (30). O ex-presidente se disse “preocupado” em convencer as pessoas indecisas. “Nós precisamos é tentar conversar com essas pessoas, tentar convencê-las a ir votar e tentar convencê-las da proposta que nós temos para o país”.
Elogio ao STF
Ele aproveitou para elogiar a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou na terça-feira (18) que prefeituras e empresas concessionárias possam oferecer, voluntariamente e de forma gratuita, serviço de transporte público no segundo turno das eleições. Na decisão, o ministro afirmou que a prática não pode levar a punição de prefeitos e gestores por crimes eleitorais ou de improbidade administrativa. Isso porque a medida tem o objetivo de viabilizar a garantia constitucional do direito de voto.
“Eu achei muito interessante a decisão do ministro Barroso, que decidiu fazer com que as prefeituras coloquem os ônibus à disposição. Obviamente que não é uma posição obrigatória, mas ele tira os prefeitos de serem punidos, de terem qualquer processo contra ele”, comentou Lula.
Neste sábado (22), Barroso decidiu também que, além dos municípios, os estados também podem ofertar gratuitamente o serviço de transporte público no dia da votação.
Lula e o rival dele na disputa ao Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro, consideram Minas Gerais como um dos estados-chave para o sucesso na eleição. O estado é o segundo maior colégio eleitoral do país. Na votação do 1º turno, Lula venceu em Minas com 48,29% dos votos. Bolsonaro teve 43,60%.
Diálogo com governadores
Durante o discurso, Lula afirmou também que, se eleito, vai dialogar com governadores de todos os partidos, independentemente do partido, para conversar sobre as necessidades dos estados. “Eu vou convocar todos os governadores eleitos independente dos partido para falar sobre as prioridades do estado, para apresentar três projetos imprescindíveis para cada estado”, disse o ex-presidente.
Apoio a Marina Silva
A deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) registrou um boletim de ocorrência na madrugada deste sábado (22) após ter sido hostilizada por bolsonaristas durante um jantar em um hotel na Savassi, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Em publicações nas redes sociais e durante coletiva de imprensa ao lado do ex-presidente Lula (PT), Marina Silva disse que estava saindo do restaurante do hotel quando cerca de 20 pessoas, que estavam em outras duas mesas, começaram a gritar “mito” e “Bolsonaro”.
Em seguida, ainda segundo a deputada eleita, ela ouviu por duas vezes a chamarem de “vagabunda”. Assessores de Lula a acompanharam até a saída do estabelecimento.
Lula prestou solidariedade a Marina durante sua fala. “Aqui a prática de violência que essas pessoas fazem, você pode ter certeza, Marina, o cara que te xingou é 171. Não é uma pessoa séria. Não é uma pessoa séria porque uma pessoa séria mesmo, que tenha um posicionamento de direita, mesmo que tenha um pensamento antagônico, jamais uma pessoa séria levantaria num bar pra xingar alguém. Jamais”.