Homem é condenado a 21 anos de prisão por morte de funcionário da Corsan
O ataque foi cometido na tarde de 19 de maio daquele ano. Uma equipe da empresa realizava um desligamento de água em área do bairro Loteamento das Flores quando um dos moradores entrou em discussão com o grupo.
Ao interceder a favor dos trabalhadores, o vizinho Flávio Oliveira, 35 anos, acabou esfaqueado sete vezes e logo depois baleado em várias partes do corpo pelo indivíduo responsável pela confusão. A vítima acabou falecendo no local e o assassino preso desde então.
Capital
Em Porto Alegre, a semana também teve julgamento com veredito. Jorge Renato Hordoff de Mello, acusado de ser o mandante do assassinato do então secretário municipal da Saúde, Eliseu Santos, em 26 de fevereiro de 2010, no bairro Floresta, ele recebeu sentença de 42 anos de prisão em regime inicialmente fechado.
A sessão durou cerca de 20 horas, presidida pelo juiz Thomas Vinícius Schons e que teve sete jurados. Todas as acusações apontadas pelo Ministério Público (MP) pesaram: homicídio qualificado, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e corrupção ativa.
O magistrado não concedeu ao réu o direito de apelar em liberdade e decretou a sua prisão preventiva. A decisão foi fundamentada em fatores como ameaças sofridas por uma das testemunhas do processo.
De acordo com a promotoria, Jorge Renato era sócio da empresa Reação, que fazia a vigilância nos postos de saúde da Capital e em locais como o Mercado Público e a Secretaria da Educação. A empresa cometeu irregularidades que acabaram denunciadas por Eliseu Santos, motivando a rescisão do contrato. Em vingança, o secretário foi executado.
Médico, ex-vereador, ex-deputado estadual e ex-vice-prefeito de Porto Alegre, Eliseu Santos ainda comandava a pasta municipal da Saúde na noite de 26 de fevereiro de 2010.
Ele havia saído com a esposa e a filha de um culto religioso no bairro Floresta e caminhava em direção ao seu veículo na rua Hoffmann, quando foi atingido por dois tiros disparados por criminosos que haviam chegado ao local de carro.
Conforme o MP, o local do crime foi escolhido propositalmente para que o assassinato parecesse um latrocínio. Eliseu chegou a esboçar reação armada, mas tombou sem atingir seus executores.
(Marcello Campos)