Cristina Lacerda – “Terra à vista” para Cabral
E eu deixo às explicações jurídicas para os peritos em leis. Enquanto a mim, vou tentar entender e comparar os crimes praticados por dois ‘ilustres’ senhores de nosso país, isto é, destacar os crimes cometidos por eles e afirmar que os dois são assassinos. Sim. São assassinos.
O primeiro tem como crimes, “assalto a banco e envolvimento com o crime organizado”.
Para traduzir vejamos: esse criminoso age diretamente com ações marginais, atividades ilegais, por exemplo, o tráfico de drogas que causa dor e miséria.
O segundo criminoso: “organização criminosa, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro, corrupção passiva, corrupção ativa, evasão de divisas, fraude em licitação e formação de cartel”. Portanto, também com seus atos, causa miséria e dor.
Comparando esses dois criminosos, deparo-me com a seguinte dúvida:
Por que um pode ter sua liberdade garantida e o outro não?
Qual a diferença desses dois criminosos perante os crimes cometidos?
Sabe-se que as organizações criminosas atentam para as atividades ilegais.
E as organizações institucionais?
As atividades que são lícitas geram resultados ilícitos, em mãos de homens bandidos, como: contratos superfaturados de merenda escolar, transporte, medicamentos… e o pior , nas “barbas ” da lei.
O que vejo é que em ambos os crimes, as ações praticadas, são com o intuito de obter regalias e vantagens.
O mais triste disso tudo é que nós, eleitores brasileiros, autorizamos o criminoso institucional, através de um papel assinado em branco, para que nos representem e que esses indivíduos assumam como autoridade, perante toda comunidade civil, e aproveitam desse nosso gesto democrático, para atuar em benefício próprio, causando desemprego, a fome e propalam a ignorância.
As atividades ilícitas, causam danos irreversíveis para a sociedade.
Hoje, vejo que a frase dita por D. Pedro: “E viva o Brasil livre e independente”, foi totalmente interpretada de maneira errônea pelos juristas que absolveu, concedeu liberdade ao senhor Cabral. Liberdade é para o homem de bem. Um Brasil independente deve ser um país , em que suas leis sejam cumpridas.
Portanto, dessa forma, acredito que o outro senhor, o Marcola, também deverá ser solto, pois os crimes se confundem em um só: mortes em vida de inocentes.
E para não esquecer o que estudei nos idos dos anos 70, lembro-me da frase de Pedro Álvares Cabral, ao avistar as terras brasileiras: “Terra à vista”. Essa frase nos tempos atuais serve para decretar a liberdade desses homens tão iguais, mas com leis tão hipócritas para ambas condenações.