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CRISTINA LACERDA E RAINHA BETINHA

CRISTINA LACERDA E RAINHA BETINHA

Quando um nome significa ” Deus em abundância ou Deus é juramento” fico aqui a pensar quão maravilhosa não deve ser uma mulher com esse nome. Elizabeth! Quando Elizabeth esteve aqui no Brasil eu tinha 10 anos de idade. Lembro desse fato? Claro que não… Reis e Rainhas estavam bem longe de minha realidade… apenas nos livros de história colocava-me perto de D. Pedro, o rei de Portugal.
Passado 53 anos, anuncia-se por todos os cantos do mundo, a morte de Elizabeth II a Rainha do mundo, por ter o maior reinado da história mundial. E aí passa um filme em minha cabeça. Lembro de ficar extasiada com olhos saltitantes ao ver os colares e brincos de pérolas que ornavam suas orelhas e pescoço. E os vestidos? Nossa! Que ousadia de Elizabeth em explorar as cores, coisa que uma reles mortal como eu, insisto no pretinho básico. Mas ela, ela não… Ela era cores.
Poxa! Como gostaria de ter sido amiga dela para chamá-la de D. Elizabeth e conforme fosse a aproximação chamaria de Beth ou Betinha, porque eu sou assim mesmo… espaçosa. Adoro chamar as pessoas por “apelidinhos, diminuitivos,” pois faz parte da forma como fui criada.
Ao ler a mensagem que ela enviou ao chefe de nossa nação, fiquei mais ainda com vontade de ter tido sua amizade e não ter deixado ela escapar sem firmar concretamente essa amizade, visto ela não ter esquecido nós, povo brasileiro. Fico a pensar como deve ser muito bom ter uma amiga íntima com esse nome para trocar ideias e confidências.
Lembro-me que mamãe teve uma amiga Elizabeth. Feliz foi mamãe, minha Nina. Ela teve uma Elizabeth. Ela teve uma Betinha. A Elizabeth de mamãe não ornava colares nem brincos de pérolas, mas ornava vida simples, com sua cintura fina e quadris avantajados. A Betinha de mamãe foi sua aluna e cresceu na amizade. Mamãe ressaltava essa amizade tanto, tanto, que quando Betinha aparecia, era só alegria!
Eu quero muito ter uma Betinha igual a Betinha de mamãe. Onde andas a Betinha amiga de mamãe? Sei que ela está por aí, sem adornos caros, sem vestidos coloridos e que vive com certeza, de uma pequena aposentadoria, mas acredito que melhor Elizabeth não há. Cada um tem a Elizabeth que merece e nós brasileiros temos nossas Elizabeths , Betinhas , mulheres fortes, guerreiras, trabalhadoras e que quando nos deixarem, sentiremos a mesma dor que o primeiro mundo está sentindo…