Agência Europeia de Medicamentos alerta para novas variantes do coronavírus
Diante da perspectiva de uma nova onda de contágios antes do final do ano, a União Europeia se prepara para lançar uma campanha de doses de reforço da vacina contra a covid.
Vacinas
Nesta semana, a EMA aprovou as novas vacinas contra a covid adaptadas para a variante ômicron desenvolvidas pela Pfizer/BioNTech e pela Moderna. Na última quarta (31), a Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador dos Estados Unidos, também deu o sinal verde para as novas versões dos imunizantes.
Em comunicado, a EMA informou que as vacinas “destinam-se à subvariante ômicron BA.1, além da cepa original” do coronavírus, identificada na China em 2019 e utilizada na formulação dos imunizantes aplicados hoje. As doses aprovadas nos Estados Unidos, no entanto, têm como alvo as sublinhagens BA.4 e BA.5 da ômicron, predominantes no momento.
“Outras vacinas adaptadas que incorporam diferentes variantes, como as subvariantes BA.4 e BA.5 da ômicron, estão atualmente sob revisão pela EMA ou serão submetidas em breve e, se autorizadas, ampliarão ainda mais o arsenal de vacinas disponíveis. Os dados clínicos gerados com as vacinas bivalentes originais/BA.1 recomendadas hoje apoiarão a avaliação e autorização de outras vacinas adaptadas”, escreveu a agência.
As doses no continente europeu serão destinadas como um reforço a pessoas maiores de 12 anos que tenham recebido ao menos o esquema de vacinação primário (duas aplicações) contra a covid no período de pelo menos 3 meses após a última dose. Embora o aval a versões atualizadas seja importante, a agência reforça que os imunizantes utilizados hoje seguem eficazes.
“As vacinas originais, Comirnaty (Pfizer) e Spikevax (Moderna), ainda são eficazes na prevenção de doenças graves, hospitalização e morte associadas ao covid e continuarão a ser usadas nas campanhas de vacinação na União Europeia, em particular nas vacinações primárias”, diz o comunicado.
No último dia 19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu uma solicitação da Pfizer para a aprovação da vacina que acaba de receber o aval da EMA, destinada à cepa original e à subvariante BA.1 da ômicron. No dia 15, o Reino Unido se tornou o primeiro lugar do mundo a aprovar um nova versão do imunizante, o modelo desenvolvido pela Moderna, que também foi aprovado pelo órgão europeu e mira a BA.1.